Dormentes, cruzetas e peroba rosa: os tipos de madeira de lei reaproveitadas.

A utilização da madeira de demolição no mercado de decoração, arquitetura e paisagismo, é uma tendência que surgiu nos últimos anos impulsionada pela necessidade em se levar adiante o conceito de produtos e matérias-primas de caráter sustentável. As chamadas “madeiras-de-lei”, cuja extração é proibida pela legislação, hoje podem continuar a serem utilizadas graças ao reaproveitamento das madeiras retiradas da demolição e desmanche de casas e outras construções do início do século passado.

E justamente deste reaproveitamento é que vem a madeira de demolição. O principal tipo de madeira de demolição comercializada atualmente no mercado é a peroba-rosa. A peroba-rosa é uma madeira de lei que foi utilizada em larga escala para a construção de casas e tulhas de armazenamento de grãos, principalmente na zona rural do estado do Paraná.

Com o êxodo rural e também com a substituição dessas casas de madeira por casas de alvenaria, o mercado de decoração foi premiado para reaproveitar esta matéria-prima de alto valor agregado e enorme potencial para elaboração de produtos resistentes, duráveis e de uma beleza rústica sem igual.

Outro tipo de reaproveitamento de madeira de lei se pode encontrar no caso dos dormentes de madeira. Esses dormentes são, geralmente, retirados de linhas ferroviárias e, ao serem substituídos, são reaproveitados no mercado de decoração para a produção de “pisadas”, muros e até mesmo uma ducha de dormentes!

Já as cruzetas de madeira, são perfis utilizados em postes de energia elétrica (ainda hoje encontrados, principalmente em cidades do interior do país), cuja função é dar sustentação aos fios elétricos. As cruzetas, assim como os dormentes, são feitas de madeira de lei como a própria peroba, o ipê, jacarandá, carvalho, angelim, dentre outras.

Utilizar a madeira de demolição, seja a peroba-rosa, dormentes ou cruzetas de madeira, além de trazer a certeza de estar colaborando com o meio-ambiente, proporcionando o reaproveitamento destes materiais, também significa estar adquirindo um material nobre, durável e de enorme valor agregado.